Ociosidade

O ser humano é a criatura mais acomodada que existe em todo planeta, somos seres criativos, trabalhadores, determinados, inteligentes, e ociosos, muito ociosos! Estamos ligados ao trabalho pelo único motivo pertinente... Dinheiro! O trabalho é uma palavra derivada do latim tripalium, que representa um objeto de tortura, dor e sofrimento! Ou seja, desde o início dos tempos se considera o trabalho como algo penoso, nunca como uma forma de realização, ou como um dom. As pessoas em sua grande maioria enxergam o trabalho como uma ferramenta, algo como um caminho difícil para se atingir um objetivo de seu interesse. As pessoas estão trabalhando por serem obrigadas e é exatamente por isso que vivem ociosas! ... O ócio, no sentido em que exponho, não delimita apenas a ausência da atividade do trabalho em si. A ociosidade está na nossa mente, na nossa realização como pessoa, no nosso papel de filhos da natureza, de Deus. As pessoas vivem como zumbis em suas rotinas desgastadas pela própria utopia de realização profissional que os cerca! Nascemos, e somos programados, estudamos, passamos pelo fundamental, médio, e se formos "loucos", cursamos uma faculdade, (ou ganhamos um diploma pela Internet por R$ 200,00), especializamos nossos conhecimentos para exercer uma função... Treinamos, fomos educados organizacionalmente, socialmente, e passamos a vida toda... Trabalhando!... Sendo que... Vivemos ociosos esse tempo todo! Aliás, Não vivemos, não aproveitamos aquilo que nos foi dado pela natureza, não valorizamos as coisas simples, não atiramos pedras nos rios, não atiçamos os cachorros em algum gato safado, não andamos de bicicleta por uma ladeira sem possuir freios, não roubamos cones de construção, não apanhamos vergamotas para chupar nos potreiros, não colocamos pólvora nos cigarros de "fumo de corda" de nossos pais, não dormimos na casa de amigos para rir um monte, um da cara do outro, não comemos "sucrilhos", não brincamos de carrinho na lama, não fizemos mais uma constituição de coisas!... E sabe a causa?...: Crescemos para o trabalho... Para as instituições, para a vida adulta!... E de que época você sente mais saudade?...Resposta: de quando era livre do trabalho.
O trabalho virou para muitos um motivo de tédio, stress, suicídio... A partir do momento que um acessório da vida se torna mais importante que ela... Não se vive mais... Devemos trabalhar, devemos lutar, devemos passar momentos difíceis, pois o trabalho faz parte da nossa vida... Porém, o importante é viver! Saber utilizar o ócio que não esta na ausência de trabalho, mais na falta de realização em fazê-lo, na falta de emoções, relações, experiências saudáveis e criativas... Aproveitar a vida com sabedoria, desenvolver nossa capacidade de aproveitar nosso tempo cada vez mais curto, nesse mundo lindo, com lugares, momentos, sensações inesquecíveis!

Ciclos & Circulos

A vida é um circulo!!! Este que se estrutura em início e fim, como deve ser... Como sempre é! Vejo muitas pessoas terminando seu ciclo e nessas horas lembro que também estou em um, aliás, ultimamente tenho andado apenas em círculos, não tenho circulado muito meu sangue, não tenho irrigado minha artéria construtiva quanto ao fato circunscrito da realidade utópica de existência eterna, neste atual estágio. Desfaz-se o circulo, cai a fixa, percebo ao ver a depreciação dos meus princípios que meu ciclo vital tem seus dias de glória, fracasso, força, cansaço, início e fim... Esqueço do fim, vai e volta... Para onde? Onde começou, onde estou? No meio? No começo? Ou no fim do ciclo? Desse ciclo chamado terra, chamado vida, chamado dor... Amor, ostentação, loucura! . Outro início e continuo a minha rotina circular, pois voltarei a fazer o que faço agora, nunca do mesmo jeito, no mesmo tempo, mais farei!...Ou talvez não!.. Pois... E se meu ciclo acabar?... Agora? Já pensou?... Já pensou se meu ciclo, ou se seu circulo vital, virtual, vicioso... Acabasse agora?... Sinta a sensação de dor de agonia de despreparo de desespero em imaginar o fim do seu ciclo neste momento!... Depois... Pense em o quanto tempo perdemos imaginando que somos eternamente vivos, fortes, jovens, capazes, felizes, sozinhos!...Este ciclo encera... Outro ciclo começa! Será que estamos preparados?

Paradigmas

Como diria eu, no tempo em que se passava até o momento de mudar o presente, a doença da era do conhecimento, esta cuja força nunca fora encontrada tão vigorosa em outros tempos, se peculiariza pela paradigmaticidade social, individual.
Os paradigmas estão se alastrando internamente e de forma tão exponencial que se tornaram perceptíveis aos olhos de poucos, pois se manifestam impregnados sobre nossos anseios de uma vida normal e paralela aos desejos de que a realidade seja a realidade. Sim que ela seja!... Pois na verdade ela não é, ainda mais, quando se vive no mundo paradigma; O mundo dominado pela própria alienação. Os paradigmas afetam a raiz de nossa atitude, nos delimita pessoal e conseqüentemente socialmente. Prende-nos a um mundo diferente da realidade, pelo menos o que dizem ser a realidade, e nos forçam a gerir e digerir nossos pensamentos e atitudes de forma a satisfazer apenas aquilo que julgamos ser certo ou errado, apenas pelos paradigmas impregnados em nossa carne. A doença é como a palavra, você pensa, fala e adquiri! Se libertar de um paradigma, de uma idéia, de uma forma, de um escudo, uma burocracia funcional, a crença de certo ou errado, que nesta situação se torna igual, exige vontade, exige pensamento. Crença! Nem sempre somos fortes o suficiente para quebrar os paradigmas sozinhos, pois eles são difíceis de enxergar e de se libertar. Minto!... Não são! O mais difícil é você reconhecer a existência deles e estar disposto a superá-los, a reverte-los... Talvez em mais paradigmas!... Porém menos maléficos do que os atuais...

Subrealidade Social

Sociedade!... A palavra sociedade tem uma tonalidade tão formal, tão sublime, parece que estamos falando de uma coisa estruturadamente própria, algo burocrático e ao mesmo tempo participativo em nossa vida, e nem se quer sabemos o real sentido do que representa para nós a sociedade em que vivemos. Mas, diria que a minha intenção pelo menos a priori não seja falar sobre sociedade, não diretamente, deixaremos para outro momento mais propício, "como se este houvesse”. O que você achou do título? Subrealidade social? Interessante não? Seria mais interessante se eu pudesse sentir as emoções de minhas palavras provindas da força de meus atos, e que estes fossem o princípio da mudança de minha idéia de que a realidade é quase antropocentricamente projetada, tão quanto nossa falta de sentimentos. Especificarei a realidade social no âmbito das relações humanas, caso contrário, estaremos perdidos, na verdade estou!... Porém falaremos sobre isso mais tarde. Emoções! Você sente como esta a sociedade no âmbito emocional? No âmbito das relações humanas? Bom, se a resposta for não! Eu diria que você está absolutamente certo, afinal não esperava nada de diferente de uma pessoa totalmente alienada pelo capitalismo selvagem e desse estereótipo de vida liberta que implantaram em nossas mentes programadas com o consumismo em massa, o modismo devastador, que nos deprime nessa sociedade neoditatorial.

Alienação

Vivemos esperando, dias melhores, tempos melhores, pessoas melhores, uma sociedade melhor, ah!... Que lindo!... Quase chorei agora de emoção, assistindo minha capacidade de mostrar- me, a covardia em se esconder nos atos que cometo por não saber que somos escravos de nós mesmos, sim!... Estamos sentados em frente da televisão!... Ohh!... A TV, uma grande criação do homo sapiens... Televisão que abrange a espécie dos homofaveladius, aos homossuperfulos. Passamos parte de nossas vidas vendo TV, ou se preferir, vendendo nossas almas para a mídia-apocalíptica. Vocês!...Vocês sim!... Eu não!... Maldita ditadura dos tempos modernos!... Não tenho coragem de ter filhos! ... Não quero vê-los sentados em frente ao seu desastre Psico-sócio-cultural, chamado televisão!...Toda mídia esta infectada, não apenas a televisão, digo isso para aqueles que já me imaginam um homem bomba tentando explodir emissoras de TV!!! Eu passaria minha vida falando sobre o quanto me decepciona a falta de cultura das pessoas que se anestesiam diante de uma novela, por exemplo. Pra ser sincero, as novelas deveriam ser proibidas igual às drogas, pois alucinam as pessoas tanto quanto. Com estes temas, com estas palavras, inicia-se este blog!